Teoria Gênesis

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Texto muito interessante retirado do livro “Autobiografia de um Iogue” de Paramahansa Yogananda, que trata da jornada de vida de um grande mestre e sua visão em relação a assuntos de vida, espirito e religiosidade.
Uma excelente visão de simbolismo sobre a origem do homem e da mulher na teoria de Adão e Eva.

“O Gênesis é profundamente simbólico e não pode ser entendido por uma interpretação literal.
Nele a “árvore da vida” é o corpo humano. A coluna vertebral assemelha-se a uma árvore invertida na qual os cabelos do homem simbolizam as raízes, e os nervos aferentes e eferentes, os ramos.
A árvore do sistema nervoso produz frutos saborosos, ou sensações , propiciadas pela visão, som, olfato, paladar e tato.
O homem podia, corretamente, usufruir desses frutos.
Foi-lhe proibido, porém, experimentar o sexo, a “maça” no centro do jardim fisico (“Não comeres dele, nem nele tocareis, para que não morrais” Gênesis 3:2-1).

A “serpente” representa a energia helicoidal alojada na coluna vertebral que estimula os nervos sexuais.
“Adão” é a razão e “Eva”, o sentimento.
Em qualquer ser humano, quando a emoção ou a “consciência de Eva” é sobrepujada pelo impulso sexual, a razão, ou Adão, também sucumbe.

Pelo poder da Sua vontade, Deus criou a espécie humana materializando os corpos do homem e da mulher e dotou-os do mesmo poder de ter filhos de maneira “imaculada” ou divina. Como Sua manifestação em alma individualizada tinha se limitado aos animais subjulgados pelo instinto e desprovidos de racionalidade.
Deus criou os primeiros corpos humanos, simbolicamente chamados de Adão e Eva.
Para que pudessem prosseguir favoravelmente sua evolução ascendente, Ele transferiu para eles as almas ou a divina essência de dois animais.

Em Adão, o homem, predominou a razão. Em Eva, a mulher, prevaleceu o sentimento. Assim sendo Ele expressou a dualidade ou polaridade subjacente aos mundos fenomênicos.
Razão e sentimento vivem em completa felicidade e harmonia com a condição de que a mente humana não se deixe enganar pela energia traiçoeira dos instintos animais.”
Sri Yukteswar